Flavio Dino, a semente da discórdia
O clima ruim na relação entre o governador Carlos Brandão e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, atingiu o seu auge. Em um podcast recente em São Luís, Zé Reinaldo, também ex-governador do Maranhão, afirmou que a relação entre Dino e Brandão não tem jeito de ser reatada. A postura arrogante e ditatorial de Dino tem contrastado com o tom conciliador de Brandão. O estopim da crise se deu após a ação protocolada pelo deputado estadual e garoto-de-recado de FD, Othelino Neto, para tirar Iracema do Vale da presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão. Brandão nunca se opôs a cumprir o acordo de manter Camarão na sua linha sucessória, mas a postura dos aliados de Dino fizeram com que Brandão iniciasse uma contra-ofensiva, levando o secretário das Cidades, Orleans Brandão, à condição de um dos postulantes à disputa majoritária pelo Palácio dos Leões. Nesse cenário, quem lucra altos dividendos é a oposição, que tem em Lahesio Bonfim e Eduardo Braide, os seus maiores expoentes. A sanha de Dino pelo poder não tem limites, porém nessa queda de braço, até hoje, sempre venceu aquele que esteve à frente do governo estadual. E não havendo consenso nesse embate, o cenário se torna nebuloso, incerto e eletrizante.