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Empreendedora que produz bebês reborn fatura até R$ 20 mil no Pará

26/05/2025 06:50 13/06/2025 17:56

Em um ateliê discreto no centro de Belém (PA), uma mulher transforma vinil cru em emoção pura. Professora de formação, Cristina Ribeiro encontrou em uma arte delicada e cheia de significados uma nova missão: confeccionar bebês Reborn, bonecas hiper-realistas que impressionam pela semelhança com recém-nascidos e tocam profundamente quem as

Desde 2020, Cristina já deu vida a mais de 300 desses “bebês que não choram, mas arrancam lágrimas”, como ela mesma define. O processo é artesanal e minucioso: cada boneca começa com um kit de vinil siliconado, que ela lava, seca, pinta em camadas, leva ao forno, verniza e finaliza implantando fio a fio o cabelo — que, em alguns casos, é do próprio filho do cliente. O corpo é montado sob medida, conforme os desejos de quem faz o bebê.

O resultado é surpreendente. Os bebês Reborn de Cristina chegam às mãos dos compradores com roupinhas de bebê, chupeta magnética, carteira de vacinação e até certidão de nascimento. Tudo feito com um olhar artístico e afetuoso. “Sempre fui apaixonada pelos bebês Reborn, mas na época era impossível ter um por causa do valor. Mais tarde, vi uma oportunidade de transformar esse sonho em negócio”, conta.

A paixão virou profissão após Cristina investir em cursos presenciais e online para aperfeiçoar a técnica. O esforço valeu a pena: além de criar peças únicas, ela se tornou referência em um mercado que vem crescendo nas redes sociais, com vídeos de unboxing, reações emocionadas e tutoriais que somam milhões de visualizações.

Mas o alcance dos Reborn vai além da internet. Eles são utilizados por doulas para treinamentos de cuidados com recém-nascidos, por terapeutas em tratamentos emocionais, e como companhia para idosos com Alzheimer. Cristina guarda histórias marcantes, como a de um pai com câncer terminal que pediu uma boneca semelhante à filha de 10 anos. “Foi a forma que ele encontrou de eternizar aquele momento”, relembra.

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