Maranhão, a capitania hereditária de Brandão
Em 1530, a Coroa portuguesa criou um método para administrar o território nacional baseado nas capitanias hereditárias. Alguns anos depois foi demonstrado que essa forma de governar nao dava certo, causando desagrado ao rei de Portugal. Os filhos dos nobres portugueses poderiam dar continuidade ao trabalho que seus pais haviam iniciado, daí o nome de capitanias hereditárias. Atualmente, no Maranhão, o governador Carlos Brandão revive essa condição do início da nação brasileira, colocando o sobrinho Orleans Brandão como o candidato à sucessão, ou melhor dizer, à manutenção da família brandônica no poder. Ainda não há registro que outro estado tenha a possibilidade disso acontecer, mas aqui no Maranhão já não é mais surpresa, pois nomes como Felipe Camarão e Eduardo Braide, apesar de aparecerem nas pesquisas, não tem mais a mínima chance de obter o apoio do Palácio dos Leões.
Esse movimento só reafirma o atraso ao qual o Maranhão vem sendo submetido desde a sua fundação, quando em um dos seus sermões o padre Antônio Vieira já dizia: "A verdade é que no Maranhão não há verdade alguma."